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mar 22nd

Start-up Brasil: Encontro com Andrew Hyde

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Por Carla Viveiros*

Investimentos, gestão, aceleração, medo de falir e também de dar certo, mas, não saber administrar seu negócio. Todo o processo de abrir uma startup parece cercado de interesses monetários e conhecimento guardado a sete chaves, afinal podem roubar sua idéia, certo? Bem, para Andrew Hyde, criador do Startup Weekend, esse conceito não poderia estar mais errado, pois, acredita que a real experiência de empreender estar em conhecer o outro.

 Não é à toa que mais de 45 mil pessoas em todo mundo dispensaram seu fim de semana para se reunir com profissionais e empresários de tecnologia, afim de criar e executar um projeto em três dias. Segundo Hyde, o diferencial está no processo de desenvolvimento, baseado na TROCA de conhecimento, que inclui depoimentos, mentorias, apresentações de cases e uma nova rede de relacionamentos.

Andrew também idealizou outros projetos ligados ao empreendedorismo, mas, acima disso, disseminou uma filosofia de negócios – e por que não de vida? – que busca integrar a comunidade a sua idéia, deixar o ego cada vez mais longe dessa equação e impactar positivamente o local onde você vive. Essa filosofia se resume a três mandamentos:

– Todo mundo é bem-vindo

– Todo mundo tem valor

– Todo mundo é complicado

Para entender um pouco mais, tivemos o prazer de entrevistá-lo na última quinta-feira, dia 21, durante o lançamento do edital para startups do programa Start-up Brasil, no Global Entrepreneurship Congress (GEC 2013), realizado essa semana aqui no Rio de Janeiro.

La Presse: Entre os seus três mandamentos está “todo mundo é complicado”. Por que essa questão é tão importante quando pensamos em startup?

Andrew Hyde: Eu acho que temos que ter empatia e as pessoas precisam aprender a lidar com diversos tipos de personalidades. Se você rotula alguém de “não tão inteligente” ou egoísta, acaba perdendo o melhor que aquela pessoa pode te oferecer. É preciso entender de onde as pessoas vêm, que elas têm culturas diferentes e outras experiências de vida.

Para você, a comunidade é o aspecto mais importante no desenvolvimento de uma startup. Por que?

Startups dão certo ou não, o desenvolvimento delas têm altos e baixos, mas a comunidade está sempre lá. E quanto mais forte for essa ligação com a comunidade, esses momentos de “baixos” serão menos dolorosos e problemáticos.

Você acha que o empreendedorismo pode mudar o mundo?

Acho que pode torná-lo muito mais interessante.

O que você vê como um diferencial no Brasil, que pode nos ajudar no mercado de startups?

O Brasil é ótimo quando se trata de marketing, ninguém se vende como vocês e de forma tão natural. Os brasileiros têm uma diversidade cultural incrível e o mercado internacional ainda não viu completamente o que vocês tem a oferecer. Esses três fatores são uma combinação interessante e uma amostra do que ainda está por vir para o país.


*Carla Viveiros é assessora de imprensa da LaPresse Comunicação

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